domingo, 22 de março de 2009
Retrato: Fotografia contemporânea
Desde a invenção da câmera escura, aconteceram grande evoluções nos métodos, técnicas, nos materiais usados e nos profissionais da criação de retratos. Sem seguir regras rígidas na obtenção dos retratos atualmente a preocupação vai além de expor a realidade visual, se propõe em valorizar os aspectos emocionais como caráter, estados de espírito, clima, atmosfera, escolher traços a serem revelados ou disfarçados entre outros elementos que possam definir de maneira quase semiótica o que ou quem esta sendo retratado, pois as diferenças identificadoras em cada parte de um todo que esta sendo retratado, cada modelo é único e sendo assim é improvável consegui um padrão para diversos tipos de retratos.
O retrato na fotografia - Século XIX
No mesmo período do impressionismo e do realismo, as técnicas pictóricas evoluíram na busca por formas mais fiéis de produzir retratos através da perspectiva, que foi usada por muitos artistas na tentativa de aproximar as pinturas da realidade como vemos. A fotografia teve grande relevância para a história da arte com os inventos de Nicéphore Niépce e Jacques Daguerre, a partir daí, popularizando a nova técnica que elevava o realismo da produção dos retratos, que aos poucos foi substituindo a pintura. Muitos artistas trocaram suas tintas e telas pela fotografia. A resistência à fotografia foi inevitável, alguns a consideravam inferior a pintura, porém algum tempo depois ainda no século XIX, foi admitida como atividade artística.
Artistas do impressionismo - Retratos
Retrato no impressionismo
O Impressionismo revolucionou o retrato com técnicas e ideologias muito diferentes das utilizadas até esse momento histórico. Haviam considerações gerais, porém as práticas se sobrepunham às questões teóricas, e os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos à busca da realidade e velocidade da formação de imagens quase fotográficas. Os artistas conseguiam, com registros rápidos, efeitos ópticos de cores puras dissociadas em pequenas pinceladas primárias e pontilhados, resultando em efeitos chapados, ou seja, sem profundidade. Os artistas faziam retratos ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam dependendo da incidência da luz solar. As figuras não tinham contornos nítidos, tinham sombras luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que temos, e representavam um mundo visualmente vibrante. Seus principais representantes foram Edouard Manet, Claude Monet, Alfred Sisley, Auguste Renoir, Pissaro, Edgar Degas e Seurat.
Maneirismo e Barroco - Retratos
No período maneirista (transição do Renascimento para o Barroco) o ideal naturalista de retrato foi substituído por diversos padrões estéticos, como nos pintores El Greco e Parmegianino. O retorno do naturalismo vem com o Barroco, mas é diferente das outras correntes artísticas que o adotaram, pois agora os artistas retratam mais que a forma, inserem nos seus retratos personalidade, expressão e dramaticidade na luz, no olhar, nas expressões faciais de seus modelos. Assim temos os exemplos de Velázquez, Vermeer e Rembrandt.
Retrato - Renascimento italiano
Retrato no Renascimento
No retrato renascentista temos a representação do homem real naturalista com emoções, sentimentos e expressões. A representação da natureza com idéias de profundidade, de volume e luminosidade. O ideal de perfeição, a busca pelo belo natural e real do homem na natureza, caracterizam as pinturas "retratos dos artistas da renascença". Seus representantes são inúmeros, por isso optamos pela seleção de alguns artistas: Ucello, Botticelli e Leonardo da Vinci.
Retratos Góticos
O Homem de Turbante Vermelho, JanVan Eyck, 1433. Óleo sobre tela. National Gallery, Londres. (Possível auto-retrato de Jan Van Eyck).
O Casal Arnolfini, Jan Van Eyck, 1434. Óleo sobre tábua, 82 x 60cm. National Gallery, Londres.
Retrato de Mulher, Rogier Van Der Weyden, 1455. Óleo sobre tela. National Gallery of Art, Washington (D.C).
O Casal Arnolfini, Jan Van Eyck, 1434. Óleo sobre tábua, 82 x 60cm. National Gallery, Londres.
Retrato de Mulher, Rogier Van Der Weyden, 1455. Óleo sobre tela. National Gallery of Art, Washington (D.C).
O retrato na história da arte pictórica
A palavra RETRATO é um termo vindo do Latim, retrahere que significa copiar. Na arte pictórica, tem seus primeiros exemplares no Egito Antigo, com a retratação dos faraós e membros das altas hierarquias sociais, assim como na China onde o retrato tinha a função de registro da dinastia e da corte. Na Grécia (período helenístico) os soberanos eram ilustrados em moedas. Na Roma antiga, com os moldes gregos, o retrato servia para cultuar os antepassados. A idéia de retrato como imagem fiel esteve presente em momentos históricos em que o naturalismo era a tendência estética. Durante a idade medieval o naturalismo foi interrompido, retornando no período Gótico, com seus representantes mais significativos, os pintores flamengos Rogier Van Der Weyden e o grande Mestre Jan Van Eyck.
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